Um local paradisíaco, muito parecido com os cenários que ficaram famosos no filme 'A praia' com Leonardo DiCaprio. As Ilhas Spratly são um arquipélago quase deserto, onde (ainda) podemos encontrar mais de 750 recifes, ilhéus e atóis espalhados por 425.000 km² de oceano, sendo um dos três arquipélagos do mar do Sul da China, que totalizam 30.000 ilhas.
Mas por que estão cobrindo muitos desses corais e praias desertas belíssimas despejando areia sobre eles, e destruindo a vida marinha de riquíssimo valor ecológico?
O problema é que esse paraíso tem o imenso azar de estar localizado em uma região muito disputada por interesses estratégicos militares e comerciais de pelo menos 5 países: China, Vietnã, Brunei, Malásia e Filipinas, e nenhum deles conseguiu ainda a posse definitiva do local. Assim, cada um vai tomando suas medidas (muitas vezes descabidas e absurdas) para construir bases militares, pistas de pouso (e provavelmente muitas outras coisas que nem conseguimos imaginar) para tentarem garantir algum controle da região, que fica no meio de inúmeras rotas de transporte marítimo com alto valor para o comércio internacional.
E como as ilhas são bem pequenas, quando alguém decide construir alguma coisa normalmente tem que aterrar corais e praias belíssimas para criar mais espaço, e é exatamente isso que a China andou fazendo ultimamente, aumentando o tamanho de algumas ilhas para poder construir bases e infraestrutura com interesses militares e comerciais...
Recente operação de aterro cobrindo corais, realizada pelos chineses para construções nas ilhas. |
E conforme afirma a lei de Murphy, aquela que diz "Nada está tão ruim a ponto de não poder ser piorado", recentes pesquisas sugeriram que a região das Ilhas Spratly abriga algumas das maiores reservas de petróleo e gás natural do sudeste asiático... e você já pode imaginar o que isso significa na prática: se aqueles países já estavam tão interessados nas ilhas antes, imagine agora com mais essa descoberta!...
Infelizmente esse imbróglio envolvendo as paradisíacas ilhas parece estar apenas começando, e só nos resta esperar que os países envolvidos nessa balbúrdia tenham um mínimo de responsabilidade com o nosso planeta, que já está terrivelmente ameaçado.
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