O Estado enviava ajuda a alguns deles, mas poucas vezes isso chegava aos pequenos. Foi nessa época que o primeiro ministro canadense, Maurice Duplessis, decidiu fazer um acordo com a igreja católica, que arruinaria a vida dessas crianças para sempre.
Para as cuidadoras dessas crianças – as irmãs católicas a cargo dos orfanatos – cuidar de uma criança significava que receberiam 75 centavos. Entretanto, se a criança era enviada a uma instituição de saúde mental, recebiam quase o dobro do pagamento por causa da mudança de diagnóstico.
Então tiveram uma ideia: tirariam dinheiro do Estado declarando a todas essas crianças como doentes mentais, retardados, loucos ou incompetentes. E assim foi feito, todos e cada um deles terminou em um hospital de Quebec, com um diagnóstico falso com a ajuda do colégio médico do lugar.
Entretanto, a tortura não terminou aí…
Porque aproveitando a situação, os doutores submeteram aos menores de
idade a milhares de experimentos médicos. Os mais frequentes e dos
quais se sabe até agora são: choques elétricos, camisas de força, lobotomia e inclusive alguns foram abusados sexualmente.
“O corpo estava jogado em uma mesa. Tirei seu gorro e notei que seu crânio estava partido em dois, vi que não tinha um cérebro e o crânio estava vazio” – Relata Silvio Dieu, que trabalha no necrotério do hospital.
Em um período de três meses, Silvio conta que teve que trasladar 67 corpos de crianças desde a sala de descarga elétrica ao sótão. Depois esses corpos eram levados a uma cova comum.
Das crianças que conseguiram escapar dos mal tratos e puderam ir ao hospital, somente uma conseguiu mudar seu expediente médico ao que realmente deveria ter sido sempre.
Em 1990, 3 mil sobreviventes se juntaram para exigir ao governo a verdade sobre os feitos. O colégio médico, a igreja e o Estado tiveram que responder às atrocidades que ali cometeram. Mas os pequenos somente receberam uma indenização que pouco lhes pôde ajudar a esquecer dos traumas que ficarão com eles pelo resto de suas vidas.
“O corpo estava jogado em uma mesa. Tirei seu gorro e notei que seu crânio estava partido em dois, vi que não tinha um cérebro e o crânio estava vazio” – Relata Silvio Dieu, que trabalha no necrotério do hospital.
Em um período de três meses, Silvio conta que teve que trasladar 67 corpos de crianças desde a sala de descarga elétrica ao sótão. Depois esses corpos eram levados a uma cova comum.
Das crianças que conseguiram escapar dos mal tratos e puderam ir ao hospital, somente uma conseguiu mudar seu expediente médico ao que realmente deveria ter sido sempre.
Em 1990, 3 mil sobreviventes se juntaram para exigir ao governo a verdade sobre os feitos. O colégio médico, a igreja e o Estado tiveram que responder às atrocidades que ali cometeram. Mas os pequenos somente receberam uma indenização que pouco lhes pôde ajudar a esquecer dos traumas que ficarão com eles pelo resto de suas vidas.
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