Isso é o que acontece com alguém instantes antes da morte
Ainda que muitas pessoas acreditem que
ninguém saiba exatamente como a pessoa se sente quando morre, muitas
pessoas já foram clinicamente dadas como mortas, e acabaram “voltando”.
Essas experiências, e os relatos de quem passou por elas, acabam
servindo como um tipo de prova científica sobre o tema.
Recentemente, um grupo de cientistas da
Sociedade Química dos Estados Unidos criou um vídeo em forma de filme de
terror para explicar o que acontece com o cérebro da vítima antes da
morte. Especialistas dizem que as emoções e as reações dos seres humanos
na vida real não são diferentes daquelas mostradas no personagem do
vídeo.
Fase 1: Medo
Quando a personagem do vídeo está sendo
perseguida pelo assassino, a reposta natural da pessoa é ficar
completamente apavorada. Os químicos explicam que o medo é uma resposta
cognitiva e sensorial, que nos avisa que existe algo perigoso por perto.
Quando uma pessoa percebe qualquer tipo de
perigo nos arredores, a informação sensorial adquirida é enviada para
tálamo – a parte do tálamo que atua como quadro de distribuição. A
informação é então transformada em neurotransmissores, que são enviados
até a amígdala, a parte do cérebro que controla o comportamento
emocional.Depois disso, os neurotransmissores vão
para duas partes diferentes do cérebro: a Substância Cinzenta
Periaquedutal, que ativa o estado de alerta e faz com que as pessoas se
sintam assustadas; e o hipotálamo, que ativa a resposta de “fugir ou
lutar”. O hipotálamo envia um sinal para a glândulas adrenais, que
disparam adrenalina no corpo. Sinais também são enviados para o fígado,
que libera glicose, para que tenhamos energia. As glândulas adrenais
produzem cortisol, para aumentar a absorção da glicose e diminuir os
efeitos da insulina.
Fase 2: Grito
Enquanto o assassino continua perseguindo a
personagem do vídeo, e ao que tudo indica não existe maneira de fugir, a
pessoa, obviamente, começa a gritar.
Os químicos dizem que o grito é uma reação
primordial do corpo. O grito viaja até a amígdala de quem está ouvindo.
Por conta do grito, uma resposta semelhante é ativada no cérebro de quem
o escuta.
“É como se quem está gritando estivesse
tentando compartilhar com você o estado químico que seu cérebro está
vivenciando”, diz o vídeo. No vídeo, isso permite que a vítima consiga
correr o mais rápido possível, tentando fugir do assassino.
Fase 3: Dor
Infelizmente, apesar dos gritos da personagem, o assassino a captura.
Os químicos explicam que quando uma pessoa é
ferida, os neurônios sensoriais enviam um sinal através da medula
espinhal que chega até o tálamo – que também é responsável pela
percepção da dor. O tálamo “diz” para o corpo que alguma coisa muito
errada aconteceu.
Fase 4: Morte clínica
A vítima está atirada no chão, coberta de
sangue, e o fim já chegou – mas ainda não, dizem os químicos. Assumindo
que nenhuma área significativa do cérebro tenha sido danificada, o
coração e a respiração da vítima param completamente, mas o cérebro
continua trabalhando. Os químicos explicam que pesquisas anteriores
mostram que o cérebro de alguma maneira entra em um estado de
hiperatividade neural, ainda que alguns cientistas discordem.
Fase 5: Morte biológica
Quando o cérebro da pessoa é completamente
“desligado”, ocorre o que os neurocientistas entendem como a fase final
da morte. Ninguém voltou para o nosso mundo depois dessa fase.
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