No decorrer dos séculos, muitos
cientistas foram perseguidos, censurados e até condenados por defenderem
ideias contrárias às doutrinas religiosas ou sociais vigentes.
Milhares de pensadores que trouxeram um
pouco de luz em épocas obscuras, foram considerados criminosos e assim
tiveram de pagar o pior preço possível: com suas próprias vidas. Veja
quais são eles e os respectivos porquês:
5 – Sócrates
Sócrates surgiu em uma época de extrema
decadência ética e moral da Grécia. Ele expôs os problemas vigentes da
sociedade grega, como também lecionava livremente para os jovens que
quisessem ouvir, enfatizando a importância do questionamento. Seu
principal aluno era o filósofo Platão.Ele foi condenado por três crimes principais:
1- Não acreditar nos costumes e nos deuses gregos;
2- Unir-se aos deuses malignos que gostam de destruir as cidades;
3- Corromper jovens com suas ideias.
Deram a Sócrates a escolha de corrupção,
escapar da morte pela negação de suas palavras pagando apenas uma
multa, ou de não negar seus ensinamentos e morrer por envenenamento.
Sócrates não fugiu do que lhe aguardava, deixando o seu legado.“Mas eis a hora de partir: eu para a morte, vós para a vida. Quem de nós segue o melhor rumo, ninguém o sabe, exceto os deuses.”
4 – Sêneca
Sêneca é conhecido por ter sido um dos
mais célebres advogados, escritores e intelectuais do Império Romano.
Ele teve grande influência no Estado, porém um rumor ainda não
comprovado pela história o fez ser exilado, onde escreveu os tratados
mais importantes sobre a existência e a Filosofia.
Por influência de Agripina, mãe de Nero,
Sêneca tornou-se seu conselheiro e rapidamente foi acusado por Nero de
conspiração, já que discordava do rumo que as coisas que estavam
tomando. Sêneca foi condenado ao suicídio assistido, tendo de cortar
seus próprios pulsos.
3 – Galileu Galilei
O astrônomo italiano Galileu Galilei
quase foi condenado à morte pela Igreja Católica, por dizer que a Terra
girava ao redor do Sol. Galileu teve de negar a afirmação para escapar
da fogueira para que pudesse continuar o seu trabalho na ciência.
2 – Joana D’arc
Conhecida por ter sido chefe militar que
promoveu a liberdade do povo francês dos ingleses, Joana D’arc foi
queimada viva no dia 30 de maio de 1431, com apenas dezenove anos.
Sua infância foi marcada por eventos
desagradáveis, como presenciar o assassinato de seus pais. Isso a fez
vestir-se como homem e passar a aprender técnicas militares, até ser
aprovada pelo exército francês. Apesar de suas vitórias e contribuições,
ela foi morta por ter sido uma mulher a tomar à frente nas questões
militares, sendo acusada inclusive de bruxaria. Apenas em 1920
canonizada pela igreja.
1 – Giordano Bruno
O cientista italiano Giordano Bruno
lutou até o fim pelo sustento de sua visão contra a igreja, ao apoiar a
visão copernicana dos modelos científicos que eram novos na época.Por afirmar a existência de uma pluralidade de mundos e suas eternidades, ele foi julgado e condenado à morte pela inquisição.
Os livros proibidos
Durante a Idade Média e o Iluminismo,
ler livros de autores como Giordano Bruno, Nicolau Maquiavel, Voltaire,
Erasmo de Roterdã, John Locke, Berkeley, Denis Diderot, Blaise Pascal,
Thomas Hobbes, René Descartes, Rousseau, Montesquieu, David Hume ou
Immanuel Kant, Pascal, Dante de Alighieri (na qual a igreja Católica
idealizou a noção atual de inferno), Descartes, Jean-Jacques Rousseau,
entre outros, também era considerado um crime que poderia inclusive
resultar em morte.
“A
História está repleta de pessoas que, como resultado do medo, ou por
ignorância, ou por cobiça de poder, destruíram conhecimentos de
imensurável valor que em verdade pertenciam a todos nós. Nós não devemos
deixar isso acontecer de novo.”
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