GÊNESIS CAP. 1, V.26
Então Deus disse:”Façamos o homem a nossa imagem e semelhança. Que ele
reine sobre os peixes, sobre as aves dos céus, sobre os animais
domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se
arrastam sobre a terra.
Mas precisamente foi há cerca de vinte bilhões de anos, segundo a teoria
do Big-Bang, ocorreu a explosão que originaria o Universo. Por volta de
8 bilhões de anos após, dizem os cientistas, constituiu-se o nosso
Sistema Solar. A Terra por seu turno, teria se formado a 4,6 bilhões de
anos. Nesta fase o planeta apresentava apenas rochas fundidas, em
resfriamento. Supostamente a um bilhão de anos após, as condensações de
gases que ascenderam e precipitaram-se em chuvas ininterruptas, gerando
nossos oceanos.
Nessa ocasião, há cerca de 3,5 bilhões de anos, a
Terra, já apresentava as condições necessárias para abrigar a vida mais
elementar. Os primeiros aminoácidos provavelmente chegaram aqui através
dos meteoros, e essas sementes de vida, ao encontrarem aqui condições
propícias, teriam se desenvolvido, evoluindo, incorporando em suas
estruturas elementos orgânicos terrestres. Aliás tese científica que
encontra subsídios no “Livro dos Espíritos” mas precisamente na questão
n.º 45. André Luiz complementa, no Cap. III, de sua magnífica obra
“Evolução em Dois Mundos”:
“A imensa fornalha atômica estava habilitada a receber as
sementes da vida e, sob o impulso dos Gênios Construtores, que operavam
no orbe nascituro, vemos o seio da Terra recoberto de mares mornos,
invadido por gigantesca massa viscosa a espraiar-se no colo da paisagem
primitiva.
Dessa geleia cósmica, verte o princípio inteligente, em suas
primeiras manifestações...Trabalhadas no transcurso de milênios, pelos
operários espirituais que lhes magnetizam os valores, permutando-os
entre si, sob a ação do calor interno e do frio exterior, as mônadas
celestes exprimem-se no mundo através da rede filamentosa do protoplasma
de que se lhes derivaria a existência organizada do Globo constituído.
Séculos de atividade silenciosa perpassam, sucessivos...”
Já as formas de vida mais complexas e elaboradas surgiram há apenas 500
milhões de anos, nos oceanos.
Daí, os peixes, os anfíbios e os repteis,
que habitaram a superfície sólida do planeta. Isto, há 360 milhões de
anos. Os mamíferos, por sua vez, surgiram há 240 milhões de anos , e os
primatas, há cerca de 40 milhões de anos. Nossos ancestrais datam de 3
milhões de anos, época em que já construíram ferramentas rudimentares.
O
Homo Hábilis, já considerado humano, data de 1,5 milhões de anos. Os
cientistas apontam alguns paradoxos relativos a teoria da evolução nos
últimos 300 milhões de anos, como os chamados saltos evolutivos,
conveniência de tipos diferentes de humanóides, elementos faltantes no
processo evolutivo.
Para se entender o processo de formação do corpo
material, é antes de tudo preciso entender o processo da evolução
anímica que acontece com o espírito rumo a humanização e que leva na
realidade alguns milhares de anos.
Deixaremos aqui, as narrações dos
autores espirituais que explicam detalhes sobre as intervenções
ocorridas no corpo perispiritual, em trechos recortados de suas
magníficas narrativas. Estas informações não deixam dúvidas sobre a
origem e formação do corpo material do homem, enquanto encarnado no
Terra ao mesmo tempo que explica o paradoxo dos chamados “saltos
evolutivos”.
André Luiz, em “Evolução em Dois Mundos” nos esclarece;
Capítulo III - Elos Desconhecidos da Evolução
“O princípio divino...sofre constantes modificações nos dois planos em
que se manifesta, razão pela qual variados elos da evolução fogem à
pesquisa dos naturalistas, por representarem estágios da consciência
fragmentária ora do campo carnal propriamente dito, nas regiões
extrafísicas, em que a mesma consciência incompleta prossegue elaborando
o seu veículo sutil, então classificado como proto forma humana,
correspondente ao grau evolutivo em que se encontra”.
Evolução no Tempo
...Contudo, para alcançar a idade da razão, com o título de homem,
dotado de raciocínio e discernimento, o ser, automatizado em seus
impulsos, na romagem para o reino angélico, despendeu para chegar aos
primórdios da época quaternária, em que a civilização, elementar do
silex denuncia algum primor de técnica, nada mas de um bilhão e meio de
anos.
Capítulo VI – Genealogia do Espírito
Com a supervisão Celeste, o princípio inteligente gastou, desde o vírus e
as bactérias das primeiras horas do protoplasma na Terra, mais ou menos
quinze milhões de séculos, a fim de que pudesse, como ser pensante,
embora em fase embrionária da razão, lançar suas primeiras emissões de
pensamento contínuo para os espaços Cósmicos.
Capítulo VII - Princípio Inteligente e Hereditariedade
“...sabemos que os Arquitetos Espirituais, entrosados à supervisão
Celeste, gastaram longos séculos preparando as células que serviram de
base ao reino vegetal, combinando núcleo proteínas a glúcides e a outros
elementos primordiais, a fim de que se estabelecesse um nível seguro de
forças constantes, entre a bagagem do núcleo e do citoplasma”.
Capítulo X - Intervenções Espirituais
“É assim que, atingindo os alicéceres da Humanidade, o corpo espiritual
do homem infra primitivo demora-se longo tempo em regiões espaciais
próprias, sob a assistência dos instrutores do Espírito, recebendo
intervenções sutis nos petrechos da fonação para que a palavra
articulada pudesse assinalar novo ciclo de progresso”.Complementa André
Luiz, “a laringe... sofre, nas mãos sabias dos Condutores Espirituais, à
maneira de um órgão precioso entre os dedos de cirurgiões exímios no
serviço de plástica, delicadas operações no curso dos séculos...”
Emmanuel em “A Caminho da Luz, cap. II”, escreve:
“os artistas da espiritualidade edificavam o mundo das células
iniciando, nos dias primeiros, a construção da formas organizadas e
inteligentes dos séculos porvindouros”Ainda diz: “as forças espirituais
que dirigem os fenômenos terrestres, sob a orientação do Cristo,
estabeleceram, na época da grande maleabilidade dos elementos materiais,
uma linhagem definitiva para todas as espécies, dentro das quais o
princípio espiritual encontraria o processo de acrisolamento, em marcha
para a racionalidade”
Ainda escreve o autor que os ‘séculos correram
“até que um dia as hostes do invisível operaram uma definitiva transição
no corpo espiritual preexistente, dos homens primitivos, nas regiões
siderais e em certos intervalos de suas encarnações. Surgem os primeiros
selvagens de compleição melhorada, tendendo à elegância dos tempos do
porvir”.
Praticamente da mesma forma e até mais claramente fala o Espírito Áureo em “Universo e Vida”, cap. IV”, escrevendo:
“Existem na espiritualidade grandes instituições, extremamente
especializadas, em verdadeiras cidades espirituais, para onde são
encaminhadas as mônadas, ou princípios espirituais, que, tendo atingido o
máximo grau evolutível suscetível de ser obtido nos reinos inferiores
da Natureza, fazem jus ao ingresso no reino das inteligências
conscientes.
Trata-se de portentosas organizações, sem qualquer similar
entre as organizações terrestres, exclusivamente dedicadas às operações
terrestres, exclusivamente dedicadas às operações de eclosão da luz da
consciência, da auto-identidade, da razão, do livre arbítrio”..., “Onde
os Princípios Espirituais são submetidos a tratamentos eletromagnéticos
que ultrapassam o estágio atual da compreensão dos homens encarnados”.
Estas informações estão em consonância com aquelas mencionadas no “Livro dos Espíritos”, questão 607.
Do ponto de vista científico estas teorias não tem valor algum, porque
não podem ser provadas por meio de experiências dos laboratórios
humanos, embora seja uma hipótese lógica. A ciência espírita, todavia,
demonstra o entrelaçamento existente entre a histogênese do corpo físico
com a histogênese do corpo espiritual conhecido também pelo nome de
perispírito.
Ao que podemos entender tomando por base os relatos do
Espírito André Luiz o biótipo humano foi
concebido através de um processo milenar de experiências realizadas
pelos Extraterrestres Arquitetos Maiores, sob a égide do Mestre Jesus ao
longo dos séculos. A própria ontogênese revive a filogênese,
provando-nos filosoficamente a evolução do princípio inteligente no
planeta Terra.
Porém nada desses fatos descritos pelos Espíritos não
impediria que civilizações mais adiantadas extraterrestres de posse de
uma tecnologia avançada pudessem ao longo desse processo milenar de
manipulação genética-espiritual, empreender pesquisas no campo genético
sobre esses próprios habitantes que viviam no planeta Terra naquelas
épocas remotas.
Dessa maneira a Bíblia utiliza a expressão Elobim, que em outras
línguas semitas, e ocasionalmente no próprio hebraico, essa palavra
refletia o plural “deuses”, ainda assim Moisés o provável relator do
pentateuco, coloca no plural a expressão “façamos”, atribuindo a
responsabilidade da criação do homem aos “deuses” uma alusão direta aos
Arquitetos do Universo, que operavam sobre a Égide de Jesus e
responsáveis pelo desenvolvimento da vida na Terra.
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